O MosteiroCerca de 1286 foi fundada por D. Mor Dias uma comunidade religiosa no local onde está o Mosteiro de Santa Clara a Velha. Esta comunidade foi dedicada a Santa Clara, um sinal da popularidade das ordens mendicantes (de inspiração franciscana) que na época chegavam a Portugal. Em 1314 D. Isabel de Aragão, a Raínha Santa (n. 1269?, casamento em1282, m.1336), casada com D. Dinis, o Lavrador (n. 1262, rei em 1279, m.1325) solicitou ao Papa autorização para erguer um Mosteiro nesse local e em 1316 decorriam já as obras. O arquitecto-mor do Mosteiro foi Domingos Domingues, que trabalhara anteriormente no mosteiro cisterciense de Alcobaça. A arquitectura combina os estilos românico e o gótico, com predominância deste último estilo, que se generalizou em Portugal durante o séc XIV. A planta compreende três naves de altura semelhante, sem transepto; as naves dividem-se em sete tramas. Ao contrário da maioria das igrejas mendicantes da época, a
cobertura é integralmente de pedra. As abóbodas em berço quebrado e a técnica de separação das naves são sinais de influência românica. A iluminação das naves é feita por duas rosáceas nos extremos da nave central e por janelas duplas nas paredes laterais. Logo em 1331 a cheia do Mondego invadiu o recinto, iniciando o afundamento do Mosteiro. Para combater o afundamento foi edificado um novo plano de chão a meia altura da igreja, o que ilustra a elevação original das naves, tão característica das igrejas góticas. Se hoje a Igreja parece baixa e atarracada é porque metade da sua altura está (esteve) submersa em lodo. Mau grado todos os esforços de drenagem e conservação, a Igreja e o Mosteiro foram abandonados em 1677, transferido-se a comunidade de monjas para Santa-Clara-a-Nova, localizado a meio da colina sobranceira. Para conhecer melhor o Mosteiro de Santa Clara consulte os sítios abaixo: Reconstrução Virtual de Santa Clara a Velha
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