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As dificuldades do HTML |
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INTERNET: NOTAS e REFLEXÕES |
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jsgm@isr.ist.utl.pt | A linguagem HTML nasceu para apresentar informação científica de origens cruzadas (daí o hypertext) e de modo a permitir a pesquisa automática do texto. O fenómeno de difusão da Internet ultrapassou todas as previsões e hoje apenas uma diminuta fracção da informação publicada segue os cânones que moldaram o HTML. Quase metade das tags (marcadores) caíram em desuso e ao mesmo tempo os designers de Web queixam-se das imensas limitações do HTML. Ainda por cima, os programas de edição electrónica, tal como muitos designers, ignoram as tags semânticas (p. ex. Nesta altura, ninguém está satisfeito. Aqueles que definiram o HTML lamentam os "entorses" dados à linguagem e o primado da apresentação sobre o significado dos conteúdos. Os designers, por seu lado, querem maior e melhor controlo sobre a apresentação dos elementos nas páginas, querem formas diferentes de apresentar imagens e animações, querem poder escolher os tipos de letra, em suma, querem poder controlar a experiência dos utilizadores. A solução passa pela definição de uma meta-linguagem que permita adaptar uma família de linguagens aos diversos tipos de informação. Todavia, o XML - eXtended Markup Language, que pertendia ser essa resposta, tarda em afirmar-se. Entretanto, alguns hábitos estão de tal forma enraízados que parece difícil erradicá-los, por exemploo uso de tabelas para definir a disposição dos elementos na página ou o uso de imagens como botões para as ligações (links). Julgo que a batalha em defesa das tags semânticas é uma luta perdida. Cada vez mais os produtores de conteúdos se orientam para o aspecto da informação e não para o seu significado. Novembro 1999 |
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©1999 João Gomes Mota |